Mariah, entao, decide entrar naquela que foi sua casa durante anos. Alberto a manda sentar, esforçando-se para ser minimamente educado, mas sua voz soa como um grunhido. Ele tenta disfarçar sua surpresa e passa as duas maos no cabelo - gesto caraterístico de seus momentos de nervosismo. Era inevitável que ambos se sentissem desconfortáveis com a situaçao. Mariah repousa a valise (que chic!) na mesa de centro e prepara-se para sentar quando, pela porta entreaberta, fugindo da chuva ou sentindo a proximidade de sua dona, aparece Rufo - o imenso sao bernardo. Rufo precipita-se sobre ela, colocando as duas patas enormes em seus ombros, o que a faz cair no sofá. Esta era a melhor recepçao que ela poderia esperar e, sem poder reprimir a surpresa e a alegria, o afaga com carinho, murmurando:
- Rufo, meu bom Rufo. O cahorro pula, rodopia e late, expressando sua alegria.
Alberto, irritado, grita para que o cachorro abandone o recinto. Rufo nao ouve e continua fazendo festa a Mariah. Alberto se aproxima, pega o cachorro pela coleira e o coloca para fora, fechando a porta num golpe que soou forte aos ouvidos dos dois. Entre eles, novamente, se estabelecia o silêncio. Mariah pensa em como romper as barreiras e conversar sobre os assuntos que a tinham levado ali. Alberto, cabisbaixo, se pergunta o que ela estava fazendo ali.
Wednesday, November 23, 2005
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment